Nenhum comentário 13/01/2013 às 23h29 - Atualizado em 14/01/2013 às 14h08
05/01/2012 01h04
O último balanço das enchentes em Minas Gerais contabiliza 66 municípios em situação de emergência, cidades divididas pela água, oito mortos e um desaparecido.
O rio Ipiranga subiu quase oito metros e fez desaparecer a principal avenida de Ponte Nova. Em alguns bairros, não dá para ir nem de barco por causa da força da correnteza.
Na região metropolitana, Mário Campos e Brumadinho estão praticamente debaixo d’água. Na Zona da Mata, o cenário é de destruição. Em Guidoval, a ponte que divide a cidade desabou.
Remédios e alimentos são transportados com cordas sobre o rio para quem ficou do outro lado.
A produtora rural Marlene Martins e as filhas ficaram presas em cima de uma árvore por 16 horas até serem resgatadas. O marido dela morreu na enchente. “Foi o último pedido que o meu marido fez: que eu me resgatasse e, assim, as minhas duas meninas”, diz.
Nessas cidades, muitos rios transbordam porque, além do excesso de chuva, ainda recebem a água que não consegue ser absorvida nas áreas urbanas, onde o solo é impermeabilizado por concreto e asfalto.
Outro fator que também provoca enchentes é a ocupação, como às margens do rio Arrudas, em Belo Horizonte. No lugar das construções, deveria haver só vegetação. A mata protege o curso d’água dos assoreamentos.
A capacidade de vazão é reduzida, porque o leito do rio recebe lixo, restos de construção e terra, e a água se espalha. Já os deslizamentos de terra são provocados pelo encharcamento do solo, explica o coordenador da UFMG que estuda bacias hidrográficas.
“Existem determinados solos que, por características geológicas, têm facilidade exatamente para esses deslizamentos quando, às vezes, há uma ação humana como, por exemplo, um desmatamento naquelas áreas de risco, ou às vezes a ocupação inadequada dessas áreas como consequência desse encharcamento, tendo uma tendência muito grande a provocar esses deslizamentos, às vezes com tragédias humanas, a que assistimos de forma lamentável”, diz Marcus Vinicius Polignano, coordenador geral do projeto Manuelzão.
Fonte: Do G1 Belo Horizonte
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